Show de lançamento será esta quarta-feira no Chevrolet Hall, em BH
Ana Clara Brant - Correio Braziliense
Se o papa é pop, como diria a música dos Engenheiros do Hawaii, o padre também pode ser. Ainda mais em se tratando do padre Fábio de Melo. Fenômeno fonográfico, com 14 discos gravados, ele está lançando em blu-ray o DVD Iluminar ao vivo, que traz as músicas do CD de mesmo nome e algumas novidades, como Apenas mais uma de amor, de Lulu Santos, e Solar, de Milton Nascimento e Fernando Brant. Em menos de um mês nas lojas, o DVD vendeu 80 mil cópias.
“A gente pegou como base o repertório do disco Iluminar e acresceu seis músicas”, conta. “O show de lançamento do DVD, que será agora em dezembro, em Belo Horizonte, tem um trabalho com painéis de LED e muita luz. Como o nome diz, a ideia é explorar bem a luz. Por isso, temos vários cenários e painéis diferentes.”
Para o sacerdote nascido há 39 anos em Formiga, interior de Minas, o principal motivo de seu sucesso é a união de músicas católicas e populares com as mensagens de fé. “As pessoas têm gostado do que faço pelo fato de eu conciliar a música e a palavra. A palavra cantada e a palavra falada. Acredito que o diferencial esteja realmente aí”, frisa.
Fábio de Melo conta que a música sempre fez parte de sua vida e que cantava já quando criança. Os estudos no seminário acabaram oferecendo mais oportunidades, principalmente porque lá havia um padre que o incentivou bastante. “Nós tínhamos uma banda no seminário. Fazíamos a preparação para os encontros, para as missas. Eu já nasci musical. Costumo dizer que a música é igual à trilha sonora de desenho animado. Sem ela, a gente não entende a cena”, resume.
FÁBIO DE MELO
Lançamento do DVD Iluminar ao vivo
Quarta-feira, dia 8 de dezembro, às 19H30 no Chevrolet Hall | Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230 - Savassi | Ingressos: R$ 80 e R$ 40 (meia-entrada) | Informações: (31) 3209-8989
ASSÉDIO
É natural que, com a visibilidade alcançada com os discos e o programa que apresenta na TV Canção Nova, o assédio sobre ele seja grande. Pe. Fábio chegou a ser apelidado por algumas “fiéis” de padre galã e foi considerado pela panicat Nicole Bahls como o homem mais sexy do mundo. Entretanto, nada parece abalar o religioso. Para ele, antes de mais nada, o que o faz ser conhecido é seu papel como líder espiritual. “As pessoas vão me tratar do jeito que eu autorizo. Se me rendo a esse tipo de comentário (ser um padre galã), é natural que isso vá crescendo. Mas foco muito no meu objetivo.”
Ele, no entanto, reconhece que seu trabalho o evidencia como artista. “Seria hipocrisia se eu negasse isso”, diz. “Mas preciso ter consciência e não me perder nunca. Antes de tudo, sou um padre. Não tenho o direito de viver como um artista vive. Não tenho o direito de tratar as pessoas como um artista muitas vezes pode tratar. Com distância, por exemplo. Preciso fazer de tudo para manter o meu vínculo com as pessoas, com o povo. O que me tornou conhecido no Brasil foi o fato de eu ser padre. Ninguém me conheceu como cantor. Eu sou um padre que canta”, ressalta.
Notório também pela vaidade, ele se defende e afirma que é apenas uma pessoa que se cuida. “Há 10 anos tenho essa disciplina. Me preocupo com minha alimentação e pratico atividade física. Gosto de estar bem, sim, e acho que o meu trabalho exige isso. Preciso ter uma boa saúde para fazer o que faço e viver como vivo”, justifica.
O sacerdote também rebate as críticas sobre seu modo de vestir, pois há quem afirme que ele só usa roupas de marca. “Tem muita gente que acha que padre não pode estar bem vestido, bem calçado, não estar limpo. Não faço parte desse grupo. Todo mundo tem que se cuidar. Você, como jornalista, vive situações em que precisa estar bem, estar bem vestida. É a mesma coisa na minha vida. Se cuidar é algo que faz parte da vida do ser humano”, enfatiza.
Três perguntas - Pe. Fábio de Melo
O senhor recebe críticas pelo fato de ter se tornado um padre artista?
Ah, sempre tem as pessoas que olham por esse lado. O trabalho de comunicador me expõe e o meu grande desafio é me mostrar o tempo todo como padre. Sou um evangelizador que ficou conhecido e isso é uma responsabilidade muito grande, porque trabalho com o discurso religioso, e muita gente presta atenção ao que eu tenho a dizer.
Como o senhor vê as comparações com o padre Marcelo Rossi?
Quando comecei, a maior referência para padre que canta era o padre Marcelo, embora a Igreja tenha vários padres que fazem esse trabalho, utilizando a música. Foi uma comparação natural, que se desfez a partir do momento em que a gente foi realizando o trabalho e vendo que existe diferença. Mas não me importo, não. Isso não me incomoda de modo algum.
O senhor tem conseguido conciliar a agenda de shows e as entrevistas com as obrigações de padre?
Consigo, claro. Moro em Taubaté (SP) e celebro missa, sim. Mas como tenho muito deslocamento, tenho que celebrar a missa onde estou. Por causa disso, não tenho a minha paróquia, um lugar para celebrar missas regularmente. Porém, tenho uma vida normal de padre, graças a Deus.
Ana Clara Brant - Correio Braziliense
Se o papa é pop, como diria a música dos Engenheiros do Hawaii, o padre também pode ser. Ainda mais em se tratando do padre Fábio de Melo. Fenômeno fonográfico, com 14 discos gravados, ele está lançando em blu-ray o DVD Iluminar ao vivo, que traz as músicas do CD de mesmo nome e algumas novidades, como Apenas mais uma de amor, de Lulu Santos, e Solar, de Milton Nascimento e Fernando Brant. Em menos de um mês nas lojas, o DVD vendeu 80 mil cópias.
“A gente pegou como base o repertório do disco Iluminar e acresceu seis músicas”, conta. “O show de lançamento do DVD, que será agora em dezembro, em Belo Horizonte, tem um trabalho com painéis de LED e muita luz. Como o nome diz, a ideia é explorar bem a luz. Por isso, temos vários cenários e painéis diferentes.”
Para o sacerdote nascido há 39 anos em Formiga, interior de Minas, o principal motivo de seu sucesso é a união de músicas católicas e populares com as mensagens de fé. “As pessoas têm gostado do que faço pelo fato de eu conciliar a música e a palavra. A palavra cantada e a palavra falada. Acredito que o diferencial esteja realmente aí”, frisa.
Fábio de Melo conta que a música sempre fez parte de sua vida e que cantava já quando criança. Os estudos no seminário acabaram oferecendo mais oportunidades, principalmente porque lá havia um padre que o incentivou bastante. “Nós tínhamos uma banda no seminário. Fazíamos a preparação para os encontros, para as missas. Eu já nasci musical. Costumo dizer que a música é igual à trilha sonora de desenho animado. Sem ela, a gente não entende a cena”, resume.
FÁBIO DE MELO
Lançamento do DVD Iluminar ao vivo
Quarta-feira, dia 8 de dezembro, às 19H30 no Chevrolet Hall | Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230 - Savassi | Ingressos: R$ 80 e R$ 40 (meia-entrada) | Informações: (31) 3209-8989
ASSÉDIO
É natural que, com a visibilidade alcançada com os discos e o programa que apresenta na TV Canção Nova, o assédio sobre ele seja grande. Pe. Fábio chegou a ser apelidado por algumas “fiéis” de padre galã e foi considerado pela panicat Nicole Bahls como o homem mais sexy do mundo. Entretanto, nada parece abalar o religioso. Para ele, antes de mais nada, o que o faz ser conhecido é seu papel como líder espiritual. “As pessoas vão me tratar do jeito que eu autorizo. Se me rendo a esse tipo de comentário (ser um padre galã), é natural que isso vá crescendo. Mas foco muito no meu objetivo.”
Ele, no entanto, reconhece que seu trabalho o evidencia como artista. “Seria hipocrisia se eu negasse isso”, diz. “Mas preciso ter consciência e não me perder nunca. Antes de tudo, sou um padre. Não tenho o direito de viver como um artista vive. Não tenho o direito de tratar as pessoas como um artista muitas vezes pode tratar. Com distância, por exemplo. Preciso fazer de tudo para manter o meu vínculo com as pessoas, com o povo. O que me tornou conhecido no Brasil foi o fato de eu ser padre. Ninguém me conheceu como cantor. Eu sou um padre que canta”, ressalta.
Notório também pela vaidade, ele se defende e afirma que é apenas uma pessoa que se cuida. “Há 10 anos tenho essa disciplina. Me preocupo com minha alimentação e pratico atividade física. Gosto de estar bem, sim, e acho que o meu trabalho exige isso. Preciso ter uma boa saúde para fazer o que faço e viver como vivo”, justifica.
O sacerdote também rebate as críticas sobre seu modo de vestir, pois há quem afirme que ele só usa roupas de marca. “Tem muita gente que acha que padre não pode estar bem vestido, bem calçado, não estar limpo. Não faço parte desse grupo. Todo mundo tem que se cuidar. Você, como jornalista, vive situações em que precisa estar bem, estar bem vestida. É a mesma coisa na minha vida. Se cuidar é algo que faz parte da vida do ser humano”, enfatiza.
Capa do DVD |
O senhor recebe críticas pelo fato de ter se tornado um padre artista?
Ah, sempre tem as pessoas que olham por esse lado. O trabalho de comunicador me expõe e o meu grande desafio é me mostrar o tempo todo como padre. Sou um evangelizador que ficou conhecido e isso é uma responsabilidade muito grande, porque trabalho com o discurso religioso, e muita gente presta atenção ao que eu tenho a dizer.
Como o senhor vê as comparações com o padre Marcelo Rossi?
Quando comecei, a maior referência para padre que canta era o padre Marcelo, embora a Igreja tenha vários padres que fazem esse trabalho, utilizando a música. Foi uma comparação natural, que se desfez a partir do momento em que a gente foi realizando o trabalho e vendo que existe diferença. Mas não me importo, não. Isso não me incomoda de modo algum.
O senhor tem conseguido conciliar a agenda de shows e as entrevistas com as obrigações de padre?
Consigo, claro. Moro em Taubaté (SP) e celebro missa, sim. Mas como tenho muito deslocamento, tenho que celebrar a missa onde estou. Por causa disso, não tenho a minha paróquia, um lugar para celebrar missas regularmente. Porém, tenho uma vida normal de padre, graças a Deus.
Fonte: UAI
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