Foto: Divulgação - "Foi uma opção que fiz: ser padre e não construir uma família”, disse, ao lembrar dos momentos de solidão em casa
No auge da fama, sacerdote gravou novo DVD e não foge de assuntos polêmicos para a igreja católica, como pedofilia e homossexualidade.
Aline Nunes
Da Agência Estado
Até os 16 anos, Fábio José de Melo Silva namorou, rabiscou alguns desenhos e pouco frequentou a escola, em Formiga, interior de Minas Gerais. Mas aos 17 anos, com o apoio da mãe e dos sete irmãos, começou a estudar a Bíblia, a vida de Jesus e tomou a decisão de se tornar padre. Hoje, aos 39, padre Fábio de Melo é um fenômeno do catolicismo. Um padre pop, que sempre aparece de unhas feitas, cabelo montado no gel e muito perfumado. A imagem de artista dá resultados. Considerado bonitão por fiéis e incrédulas, ele faz média de 20 shows por mês pelo Brasil e já vendeu 2 milhões de CDs (gravou 13 discos) e 1 milhão de livros entre suas seis obras publicadas. No auge da fama de pop star, o padre gravou no sábado passado, 28, no Credicard Hall, em São Paulo, o segundo DVD da carreira, com base no disco "Iluminar", lançado em 2009 pela Som Livre.
Além de sacerdote, artista, escritor, professor de teologia na Faculdade Dehoniana de Taubaté, apresentador do programa "Direção Espiritual" na TV Canção Nova, exibido às quintas-feiras, é adepto da malhação e usuário do Twitter. "Sou uma pessoa simples. Faço questão de ter uma vida normal". Morando num apartamento em Taubaté, gosta de usar o tempo livre para ler e assistir à TV – especialmente os telejornais. E garante que se vira bem na cozinha. "Faço um mexido com tudo que sobra."Manter essa simplicidade é uma forma, segundo ele, de manter os pés no chão e não se deslumbrar com a fama. "Quando saio de uma apresentação para 20 mil pessoas, é lógico que fico lisonjeado. Mas não posso brincar com a vida daquelas pessoas. Não posso ser um personagem que funciona no palco e não funciona fora dali", diz. É por isso que, quando sai de casa, Fábio está sempre preparado para lidar com o assédio. "Não tenho direito de tratar ninguém mal, de me portar como uma celebridade, porque o que me tornou conhecido foi o fato de ser padre." A única coisa da popularidade que aborrece o religioso é ser reconhecido como "aquele padre lá". "Isso acontece muito. Eu não sou ‘aquele padre lá’. Sou o Fábio. Isso é uma coisa que me deprime."
Ao mesmo tempo em que vive rodeado de fiéis, por vezes ele se vê sozinho, sem companhia. "Uma vez, saí de um show, no meio de um tumulto, e quando cheguei em casa não tinha ninguém para jantar, alguém para quem pudesse ligar", conta. "Mas foi uma opção que fiz: ser padre e não construir uma família. Eu não seria um bom pai tendo essa rotina."
A agenda cheia de shows, no entanto, não é algo que Fábio de Melo queira para o resto da carreira. No futuro, ele pretende seguir apenas com a batina e a literatura. "A mídia é perigosa. Mas para mim, como escritor, eu tive os melhores benefícios por ser cantor. Conquistei credibilidade de editora". Na onda da fama, Fábio de Melo e o amigo Gabriel Chalita lançaram, no ano passado, o livro "Carta Entre Amigos", que se tornou um best seller, com vendas superiores a 215 mil exemplares em todo o País.
ASSUNTOS POLÊMICOS - Fábio de Melo é mesmo um padre descolado. Se não bastasse o visual moderno e a ousadia de incluir na gravação do DVD canções de Eros Ramazzotti, ele não foge de assuntos até hoje vistos como tabus pela igreja católica. Em seu site, por exemplo, levanta bandeira pela CPI da pedofilia. "Eu faço parte dos projetos contra a pedofilia. Nunca passei por situação assim quando fui seminarista, mas acompanhei alguns casos de pessoas que foram abusadas por padres e por parentes e amigos", declara. "É um crime hediondo e precisamos combatê-lo."
Apesar de fazer parte da Igreja Católica – que condena a homossexualidade –, o padre Fábio de Melo não esconde ter simpatia pelo público gay. "Acho que os homossexuais precisam ser respeitados, como qualquer pessoa. A Igreja pode até considerar pecado, mas nunca nega o valor do ser humano", diz. Somadas à aparência de bonitão e à voz afinada, são ideias assim que fazem de Fábio de Melo o padre mais pop do Brasil atualmente.
Fonte: A Tribuna
No auge da fama, sacerdote gravou novo DVD e não foge de assuntos polêmicos para a igreja católica, como pedofilia e homossexualidade.
Aline Nunes
Da Agência Estado
Até os 16 anos, Fábio José de Melo Silva namorou, rabiscou alguns desenhos e pouco frequentou a escola, em Formiga, interior de Minas Gerais. Mas aos 17 anos, com o apoio da mãe e dos sete irmãos, começou a estudar a Bíblia, a vida de Jesus e tomou a decisão de se tornar padre. Hoje, aos 39, padre Fábio de Melo é um fenômeno do catolicismo. Um padre pop, que sempre aparece de unhas feitas, cabelo montado no gel e muito perfumado. A imagem de artista dá resultados. Considerado bonitão por fiéis e incrédulas, ele faz média de 20 shows por mês pelo Brasil e já vendeu 2 milhões de CDs (gravou 13 discos) e 1 milhão de livros entre suas seis obras publicadas. No auge da fama de pop star, o padre gravou no sábado passado, 28, no Credicard Hall, em São Paulo, o segundo DVD da carreira, com base no disco "Iluminar", lançado em 2009 pela Som Livre.
Além de sacerdote, artista, escritor, professor de teologia na Faculdade Dehoniana de Taubaté, apresentador do programa "Direção Espiritual" na TV Canção Nova, exibido às quintas-feiras, é adepto da malhação e usuário do Twitter. "Sou uma pessoa simples. Faço questão de ter uma vida normal". Morando num apartamento em Taubaté, gosta de usar o tempo livre para ler e assistir à TV – especialmente os telejornais. E garante que se vira bem na cozinha. "Faço um mexido com tudo que sobra."Manter essa simplicidade é uma forma, segundo ele, de manter os pés no chão e não se deslumbrar com a fama. "Quando saio de uma apresentação para 20 mil pessoas, é lógico que fico lisonjeado. Mas não posso brincar com a vida daquelas pessoas. Não posso ser um personagem que funciona no palco e não funciona fora dali", diz. É por isso que, quando sai de casa, Fábio está sempre preparado para lidar com o assédio. "Não tenho direito de tratar ninguém mal, de me portar como uma celebridade, porque o que me tornou conhecido foi o fato de ser padre." A única coisa da popularidade que aborrece o religioso é ser reconhecido como "aquele padre lá". "Isso acontece muito. Eu não sou ‘aquele padre lá’. Sou o Fábio. Isso é uma coisa que me deprime."
Ao mesmo tempo em que vive rodeado de fiéis, por vezes ele se vê sozinho, sem companhia. "Uma vez, saí de um show, no meio de um tumulto, e quando cheguei em casa não tinha ninguém para jantar, alguém para quem pudesse ligar", conta. "Mas foi uma opção que fiz: ser padre e não construir uma família. Eu não seria um bom pai tendo essa rotina."
A agenda cheia de shows, no entanto, não é algo que Fábio de Melo queira para o resto da carreira. No futuro, ele pretende seguir apenas com a batina e a literatura. "A mídia é perigosa. Mas para mim, como escritor, eu tive os melhores benefícios por ser cantor. Conquistei credibilidade de editora". Na onda da fama, Fábio de Melo e o amigo Gabriel Chalita lançaram, no ano passado, o livro "Carta Entre Amigos", que se tornou um best seller, com vendas superiores a 215 mil exemplares em todo o País.
ASSUNTOS POLÊMICOS - Fábio de Melo é mesmo um padre descolado. Se não bastasse o visual moderno e a ousadia de incluir na gravação do DVD canções de Eros Ramazzotti, ele não foge de assuntos até hoje vistos como tabus pela igreja católica. Em seu site, por exemplo, levanta bandeira pela CPI da pedofilia. "Eu faço parte dos projetos contra a pedofilia. Nunca passei por situação assim quando fui seminarista, mas acompanhei alguns casos de pessoas que foram abusadas por padres e por parentes e amigos", declara. "É um crime hediondo e precisamos combatê-lo."
Apesar de fazer parte da Igreja Católica – que condena a homossexualidade –, o padre Fábio de Melo não esconde ter simpatia pelo público gay. "Acho que os homossexuais precisam ser respeitados, como qualquer pessoa. A Igreja pode até considerar pecado, mas nunca nega o valor do ser humano", diz. Somadas à aparência de bonitão e à voz afinada, são ideias assim que fazem de Fábio de Melo o padre mais pop do Brasil atualmente.
Fonte: A Tribuna
3 comentários:
olhe gente todos humanos merecem ser respeitados. Não é a diferença que faz as pessoa melhores ou piores. Eu sou neutra nesses comentários, cada um tem e deve viver seu nestilo de vida. Indiferente do que seja todos são filhos de Deus,é claro que tenho a minha vida privada e é pra continuar sempre assim, mais o meu respeito pelas pessoas não vão mudar.
Olhe gente me desculpe mais a conquista dos incrédulo não devido o PE. pop com dizem, foi o seu jeito de congregar, seu carisma, seu modo de tratar as pessoas. Os incrédulos não foram conquistados pelo PE. e sim pelo jeito de tratá-los. Me desculpe dizer ou vcs não conhece um PE.de verdade ou nunca foram tratados dessa maneira. Ou talvez vcs vão à igreja por causa dos PES.
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