Desde que o padre Marcelo Rossi se lançou com cantor, o mercado fonográfico brasileiro percebeu que esse era um filão comercial excelente. Aliás, há cinco anos que os campeões de venda são os padres. Em 2009 não foi diferente, padre Fábio Melo vendeu 264 mil cópias de “Iluminar”, pela Som Livre. Ele aparece de novo na sexta colocação com “Eu e o Tempo ao Vivo”, com 196 mil cópias.
Sem demora, a Sony Music anunciou o lançamento de um selo gospel. A direção executiva do segmento gospel está nas mãos de Mauricio Soares. Na mesma oportunidade a ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Discos), entidade que reúne as principais empresas do segmento fonográfico nacional, divulgou oficialmente a liderança isolada da Sony Music entre as gravadoras do país.
“Teremos total apoio da estrutura que a Sony Music possui para atender às demandas do mercado secular onde é líder nacional. Vamos adaptar as necessidades, cultura e peculiaridades do mercado gospel à realidade do segmento secular. Ou seja, quero unir o que há de bom na música gospel com a expertise profissional da Sony Music. Creio que em pouco tempo o mercado já irá perceber as grandes transformações desta nova filosofia de trabalho”, adiantou Mauricio Soares.
Mesmo assim, é fácil ver que a crise na indústria não é só boato. O número de cópias de Fábio Melo é bem inferior ao primeiro lugar de 10 anos atrás. Em 2000, foram vendidos R$ 891 milhões no Brasil inteiro contra R$ 312 milhões no ano passado. Mas em 2000, Marcelo Rossi já era campeão.
Delphic
Acolyte
Polydor
A música do Delphic agradou público e crítica de maneira geral. É um indie eletrônico, com elementos que fizeram sucesso nos anos 80. Mas o disco não soa exatamente datado. O que acontece é que, em vários momentos, a música do Delphic lembra o New Order e isso pode levar os fãs do estilo com mais de 35 anos a rememorar suas baladinhas juvenis. Mas não se trata de um álbum saudosista. As canções do Delphic, embora sejam bem características, são como uma trilha sonora anônima: bela, mas não marcante. Por estranho que possa parecer, apesar disso “Acolyte” consegue ser um bom disco e uma grande estreia para o Delphic.
(Nota 08)
Nick Jonas and the Administration
Who I Am
Hollywood Records
Sim, é ele mesmo: Nick Jonas do trio Jonas Brothers! Sabendo disso, antes de mais nada, para analisar este álbum é preciso se livrar de qualquer preconceito existente contra um ídolo teen que resolve ampliar os horizontes de sua vitoriosa carreira. “Who I Am” nitidamente traz
o garoto querendo crescer. E Nick de bobo não tem nada: recrutou 3 fundadores da banda de Prince, a New Power Generation, e se cercou de uma equipe à prova de qualquer suspeita. Um timaço. Musicalmente, o impecável álbum traz um Rock cheio de groove, com produção caprichadíssima usando e abusando de arranjos elaborados. Boa surpresa.
(Nota 7)
Katherine Mcphee
Unbroken
Verve Forecast
Conhecida por sua participação na 5º temporada do reality show American Idol, Katherine McPhee faz sua estreia pela Verve Forecast records. “Unbroken” merece repercussão e deve satisfazer todos aqueles que se impressionaram com o talento da loira. O álbum traz um repertório cuidadosamente elaborado, com ótimas composições escolhidas a dedo, todas elas muito bem arranjadas e principalmente, prontas para emplacar nas paradas ao redor do mundo. Tudo feito na medida para Katherine McPhee brilhar, explorando os belos timbres de sua voz e interpretando músicas de fácil assimilação.
(Nota 6)
Ouça “Katherine Mcphee”:
Adriano Pereira, repórter e colunista do valeviver
Fonte: ValeViver
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