Páginas

Seja bem vindo (a)!

Blog criado pela comunidade do Orkut 'Pe Fábio é Jesus na minha vida!'
Clique aqui e participe!


terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Peregrinos 'invadem' litoral ao som de padre Fábio e a bordo de cruzeiro católico

12/02 - 11:17 - Matheus Pichonelli, enviado do iG a Santos

Antes mesmo do embarque, uma oração em coro é ouvida no cais do porto de Santos: “Viva Cristo!”. A voz que prega ao microfone é seguida por uma multidão de vozes. “Viva Cristo!”

Postados em seus lugares, funcionários do porto parecem indiferentes aos sons e preces que partiam do navio Grand Celebration, na última terça-feira. Esperam apenas a ordem para desamarrar as cordas que ainda ligam a embarcação a terra e voltar ao trabalho.

Matheus Pichonelli
Cruzeiro católico reuniu 1.800 pessoas
Às 18h30, após dezenas de orações e a consagração de uma réplica da imagem de Nossa Senhora Aparecida, “importada” do santuário que leva seu nome, em Aparecida (SP), o navio deixa o porto de Santos debaixo de um céu encoberto por nuvens carregadas. Leva a bordo 1.800 peregrinos que pagaram até R$ 2.400 para embarcar no “1º Cruzeiro Católico – Navegando com Nossa Senhora”. Tanta fé a bordo evitou que a chuva, que àquela hora ameaçava rasgar os céus, atrapalhasse o início da peregrinação.

Na viagem de quatro dias, encerrada nesta sexta-feira pela manhã, a missão assumida pelos fiéis, entre eles mais de 60 padres, era levar a igreja para outros mares e “evangelizar através do turismo”. “Tem milagre acontecendo agora nesse mar”, diz a música-tema da viagem, entoada a todo instante pelos fieis.

A paisagem do local de embarque e desembarque, em Santos, é composta por um velho armazém do porto e uma comunidade ribeirinha da vizinha Guarujá, onde casas simples, de madeira, se equilibram à beira mar. Pouco ou nada lembra os cenários bíblicos por onde Jesus recomendou a seus discípulos, certa vez, que quando fossem anunciar o Evangelho, “não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura”.

Mas os tempos agora são outros. E o som que embala a travessia, também: a bordo, até música de Roberto Carlos (“Nossa Senhora, me dê a mão, cuida do meu coração”) foi incluída no repertório.

Repleto de viajantes com camisas da Canção Nova, emissora católica ligada à Renovação Carismática, o navio levou apenas dois dias para chegar à terra prometida – no caso, a paradisíaca Armação dos Búzios, no litoral fluminense. Antes, o cruzeiro ainda fez uma parada para passeio no Rio.

Matheus Pichonelli
Cruzeiro durou 4 dias e terminou nesta sexta
“Já fiz muitas amizades no navio. Pessoas do Amazonas, da Bahia, de Minas, Rio, Alagoas, Rio Grande do Sul vieram pra cá. É um ambiente muito descontraído e fraterno, com gente de todos os lugares e idades”, diz o padre João Luiz Fávero, 48 anos, coordenador de pastoral da Arquidiocese de Campinas, que viajou com uma irmã e um sobrinho de 25 anos.

Na programação, a atração mais esperada era um convidado ilustre: o padre cantor-escritor-apresentador-palestrante Fábio de Melo, maior fenômeno da música católica da atualidade, que fez uma apresentação “vip” aos peregrinos na noite de quarta-feira.

Além dele, o navio levou a bordo outras atrações do mundo pop católico, entre eles os cantores Eros Biondini, que é deputado estadual em Minas pelo PTB, e Celina Borges. Já a atriz Myriam Rios foi a responsável por rezar o terço todos os dias da viagem.

Para embarcar, o cruzeiro recebeu a benção da Arquidiocese de Campinas, que concedeu uma espécie de apoio espiritual ao evento. Preparou, por exemplo, as liturgias apresentadas durante os quatro dias em altares improvisados da embarcação.

Até o bispo – ou melhor, o arcebispo, Dom Bruno Gamberini – foi convidado, mas não pôde viajar. A organização também enviou convite ao núncio apostólico dom Lorenzo Baldisseri, espécie de embaixador do papa no Brasil, que não compareceu.

O navio não recebeu decoração especial, mas uma capela foi montada em uma das cabines, com o sacrário e a imagem de Nossa Senhora consagrada antes da partida. O traje “oficial”, como as batinas, foi dispensado durante os quatro dias, exceto nos momentos de celebrações.

Isso porque, além dos shows, a programação incluiu a realização de missas e o atendimento dos fiéis para confissões e aconselhamentos espirituais, distribuídos entre piscinas, salas de ginástica, musculação, sauna, hidromassagem e até discoteca – serviços como massagem e cabeleireiro, além de bebidas alcoólicas, eram somente vendidos à parte.

“Aqui as pessoas aproveitam o que tem no navio, como o serviço de bar, mas também participam de palestras, fazem momentos de oração. O que é novo é poder reunir pessoas de várias comunidades e trocar experiências. Tem gente de vários movimentos, não só da Renovação Carismática, e todos estão muito entrosados. Viagens como essa vão ser cada vez mais comuns”, diz o padre Fávero.

Fonte: Último Segundo


Nenhum comentário:

Leia também: