Cerca de 330 mil pessoas visitaram a Basílica de Aparecida, no Vale do Paraíba, durante os quatro dias do feriado prolongado dedicado à Nossa Senhora Aparecida. Esta é a estimativa da administração do santuário que, somente ontem, pode ter recebido de 150 a 200 mil peregrinos. O santuário nacional dedicado à padroeira do Brasil, localizado no município de Aparecida, a 168 quilômetros da capital paulista, recebe turistas e fiéis de todo país.
josé patrício / ae
Imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, é símbolo de devoção para milhares de fiéis em todas as partes do país
Imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, é símbolo de devoção para milhares de fiéis em todas as partes do paísUma programação especial de eventos foi organizada para a celebração do feriado na cidade. A missa solene foi realizada, às 10h, e a procissão solene, às 16h. Os dois são os momentos mais aguardados da festa.
Para proteção dos turistas, mais de 210 seguranças privados trabalharam no feriadão. Além deles, 400 policiais militares serão responsáveis pela segurança dos visitantes.
Uma novidade que pôde ser conferida pelos visitantes é o Jardim Norte, um espaço verde para o descanso, com vista privilegiada para a Basílica. Outra inovação, em vigor desde o dia 4, é o envio de agradecimentos e pedidos de orações, por meio de torpedos de celular.
Durante todo o dia, fieis acenderam velas para a santa. A maior parte em agradecimento a milagres concedidos por intercessão de Nossa Senhora. A diarista Marina Félix, 46, veio do Rio de Janeiro para agradecer a padroeira.
“Estava com um grande problema na cabeça e, há um ano, depois de rezar bastante, esse problema sumiu”, afirmou. Ela não soube dizer o que a acometeu. Na sala das velas, onde os romeiros se reúnem para rezar e agradecer, notava-se, além de rostos, pés e mãos de cera – indicando graças alcançada.
Além de agraciados, havia no Santuário pessoas que foram apenas pelo amor e admiração pela santa. O evento também agita a economia local com barraquinhas no entrono do Santuário. Vendedores de camisetas, imagens e outros artigos religiosos esperavam faturar um pouco mais.
Na principal estrada de acesso à Aparecida, a Via Dutra, um esquema de atendimento a motoristas também foi montado para o feriado. A CCR Nova Dutra, concessionária que administra a rodovia, informou que 11 colaboradores e oito veículos de apoio estariam posicionados perto da basílica.
Show
A celebração da padroeira do Brasil foi encerrada por volta das 19h de ontem no estacionamento do santuário de Aparecida. Lá, 7 mil pessoas se aglomeravam para assistir o show do padre Fábio de Melo.
Ontem, um dos momentos mais emocionantes para os fiéis foi a entrada da imagem de Nossa Senhora Aparecida pela manhã na basílica ao som do cantor Daniel.
A expectativa, agora, fica para 2011, quando Aparecida, a 180 km de São Paulo, entra oficialmente no roteiro religioso de turismo do Vaticano, assim como a cidade de Fátima, em Portugal, e Santiago de Compostela, na Espanha. Por causa disso, o município do Vale do Paraíba deve receber ainda mais turistas, inclusive de outros países.
Dom Magnus assume Diocese de Salgueiro
Com a presença do governador de Pernambuco, Eduardo Campos; do Núncio Apostólico, dom Lorenzo Baldisseri, representante do Vaticano no Brasil; do arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido; dos três bispos do Rio Grande do Norte – Dom Matias, Dom Mariano e Dom Delson -, e de uma dezena de bispos do Nordeste, foi instalada ontem a Diocese de Salgueiro (PE). Em solenidade para mais de 10 mil pessoas que compareceram ao estádio Cornélio de Barros, o assuense Magnus Henrique Lopes tomou posse como primeiro bispo da recém-criada diocese. Delegações de quinze municípios pernambucanos foram saudar o novo bispo. Dois conterrâneos de Frei Damião, considerado um santo pelos nordestinos pobres, vieram da Itália especialmente para a posse.
Na primeira celebração como bispo, Dom Magnus citou um trecho de “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, (“O sertanejo não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. O sertanejo é, antes de tudo, um forte”) para dizer que não lhes faltarão forças para pregar a palavra do Senhor. “Por ser nordestino carrego esta força e sei que, juntos, seremos ainda mais fortes. Tenho que ensinar e, certamente, muito a aprender, pois se espraia a meus pés de pastor, uma vasta área que mais parece uma verdadeira escola de franciscanismo.”
Aproveitando que a nova diocese nasceu sob as bênçãos de Nossa Senhora Aparecida, o bispo lembrou dos excluídos que perambulam nas ruas das grandes cidades. “Precisamos levar com entusiasmo a palavra que liberta e salva e que é alimento salutar para todos os famintos. Precisamos voltar os nossos olhares para os leprosos da pós-modernidade, que continuam a esperar dos cristãos um abraço restaurador, transformador do homem, da sociedade e da Igreja.”
No final, citou Santo Tomás de Aquino e repetiu seu lema episcopal. “Tudo posso naquele que me fortalece.”
Trajetória
O frade capuchinho Magnus Lopes nasceu em Assu, em 31 de julho de 1965. É o caçula de uma família de oito irmãos. Aos 15 anos, ele deixou Assu e passou a residir em Natal, onde fez o curso técnico de Estradas, na antiga Escola Técnica Federal do RN (Etfern), onde começou a descobrir a sua vocação religiosa. “Lá participei de um coral, regido pelo padre Pedro Ferreira. Lá, também conheci o vocacionado, hoje, padre, Humberto Negreiros”. Durante quatro anos, ele participou da Pastoral Vocacional dos frades capuchinhos. Em 21 de fevereiro de 1986, ingressou na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Natal. Fez os cursos de Filosofia e Teologia em Olinda. Em 19 de março de 1996, fez a profissão perpétua, no Convento Santo Antônio, em Natal. Foi ordenado padre, em 21 de dezembro de 1996, em Assu, por Dom Antônio Soares Costa, então bispo de Caruaru (PE). Frei Magnus residiu em Maceió (AL), onde concluiu o Curso de Psicologia, iniciado ainda em Recife.
Para proteção dos turistas, mais de 210 seguranças privados trabalharam no feriadão. Além deles, 400 policiais militares serão responsáveis pela segurança dos visitantes.
Uma novidade que pôde ser conferida pelos visitantes é o Jardim Norte, um espaço verde para o descanso, com vista privilegiada para a Basílica. Outra inovação, em vigor desde o dia 4, é o envio de agradecimentos e pedidos de orações, por meio de torpedos de celular.
Durante todo o dia, fieis acenderam velas para a santa. A maior parte em agradecimento a milagres concedidos por intercessão de Nossa Senhora. A diarista Marina Félix, 46, veio do Rio de Janeiro para agradecer a padroeira.
“Estava com um grande problema na cabeça e, há um ano, depois de rezar bastante, esse problema sumiu”, afirmou. Ela não soube dizer o que a acometeu. Na sala das velas, onde os romeiros se reúnem para rezar e agradecer, notava-se, além de rostos, pés e mãos de cera – indicando graças alcançada.
Além de agraciados, havia no Santuário pessoas que foram apenas pelo amor e admiração pela santa. O evento também agita a economia local com barraquinhas no entrono do Santuário. Vendedores de camisetas, imagens e outros artigos religiosos esperavam faturar um pouco mais.
Na principal estrada de acesso à Aparecida, a Via Dutra, um esquema de atendimento a motoristas também foi montado para o feriado. A CCR Nova Dutra, concessionária que administra a rodovia, informou que 11 colaboradores e oito veículos de apoio estariam posicionados perto da basílica.
Show
A celebração da padroeira do Brasil foi encerrada por volta das 19h de ontem no estacionamento do santuário de Aparecida. Lá, 7 mil pessoas se aglomeravam para assistir o show do padre Fábio de Melo.
Ontem, um dos momentos mais emocionantes para os fiéis foi a entrada da imagem de Nossa Senhora Aparecida pela manhã na basílica ao som do cantor Daniel.
A expectativa, agora, fica para 2011, quando Aparecida, a 180 km de São Paulo, entra oficialmente no roteiro religioso de turismo do Vaticano, assim como a cidade de Fátima, em Portugal, e Santiago de Compostela, na Espanha. Por causa disso, o município do Vale do Paraíba deve receber ainda mais turistas, inclusive de outros países.
Dom Magnus assume Diocese de Salgueiro
Com a presença do governador de Pernambuco, Eduardo Campos; do Núncio Apostólico, dom Lorenzo Baldisseri, representante do Vaticano no Brasil; do arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido; dos três bispos do Rio Grande do Norte – Dom Matias, Dom Mariano e Dom Delson -, e de uma dezena de bispos do Nordeste, foi instalada ontem a Diocese de Salgueiro (PE). Em solenidade para mais de 10 mil pessoas que compareceram ao estádio Cornélio de Barros, o assuense Magnus Henrique Lopes tomou posse como primeiro bispo da recém-criada diocese. Delegações de quinze municípios pernambucanos foram saudar o novo bispo. Dois conterrâneos de Frei Damião, considerado um santo pelos nordestinos pobres, vieram da Itália especialmente para a posse.
Na primeira celebração como bispo, Dom Magnus citou um trecho de “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, (“O sertanejo não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. O sertanejo é, antes de tudo, um forte”) para dizer que não lhes faltarão forças para pregar a palavra do Senhor. “Por ser nordestino carrego esta força e sei que, juntos, seremos ainda mais fortes. Tenho que ensinar e, certamente, muito a aprender, pois se espraia a meus pés de pastor, uma vasta área que mais parece uma verdadeira escola de franciscanismo.”
Aproveitando que a nova diocese nasceu sob as bênçãos de Nossa Senhora Aparecida, o bispo lembrou dos excluídos que perambulam nas ruas das grandes cidades. “Precisamos levar com entusiasmo a palavra que liberta e salva e que é alimento salutar para todos os famintos. Precisamos voltar os nossos olhares para os leprosos da pós-modernidade, que continuam a esperar dos cristãos um abraço restaurador, transformador do homem, da sociedade e da Igreja.”
No final, citou Santo Tomás de Aquino e repetiu seu lema episcopal. “Tudo posso naquele que me fortalece.”
Trajetória
O frade capuchinho Magnus Lopes nasceu em Assu, em 31 de julho de 1965. É o caçula de uma família de oito irmãos. Aos 15 anos, ele deixou Assu e passou a residir em Natal, onde fez o curso técnico de Estradas, na antiga Escola Técnica Federal do RN (Etfern), onde começou a descobrir a sua vocação religiosa. “Lá participei de um coral, regido pelo padre Pedro Ferreira. Lá, também conheci o vocacionado, hoje, padre, Humberto Negreiros”. Durante quatro anos, ele participou da Pastoral Vocacional dos frades capuchinhos. Em 21 de fevereiro de 1986, ingressou na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Natal. Fez os cursos de Filosofia e Teologia em Olinda. Em 19 de março de 1996, fez a profissão perpétua, no Convento Santo Antônio, em Natal. Foi ordenado padre, em 21 de dezembro de 1996, em Assu, por Dom Antônio Soares Costa, então bispo de Caruaru (PE). Frei Magnus residiu em Maceió (AL), onde concluiu o Curso de Psicologia, iniciado ainda em Recife.
Fonte: Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário