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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Impasse marcou fogos das homenagens na Trasladação


A Trasladação, procissão realizada no último sábado (9), e que tradicionalmente antecede o Círio de Nazaré, foi marcada por diversas homenagens ao longo do trajeto de 3,7 quilômetros. A beleza da Berlinda foi ressaltada por shows de fogos e de música, cantadas por alguns dos ícones da música paraense e do canto católico, como Fafá de Belém e Padre Fábio de Melo. Porém, um dos momentos mais esperados da noite, a tradicional homenagem do Sindicado dos Arrumadores do Pará, que ocorre nos galpões da Companhia Docas do Pará (CDP), foi marcado por tumulto. Uma confusão entre membros do sindicato e policiais e bombeiros que faziam fiscalização resultou na apreensão de fogos de artifício por causa de irregularidades. Resultado: a queima dos fogos ainda assim foi realizada de maneira irregular e antes do previsto, por volta de 20h30, antes da passagem da Santa. Quando a Berlinda chegou à Boulevard Castilhos França, poucos fogos pintaram o céu - apesar de inovações pirotécnicas, com as palavras ‘Católico com Orgulho’.

Porém, nada desanimou os mais de 1,3 milhões de fiéis que estiveram presentes para reverenciar a Nossa Senhora de Nazaré. Nem mesmo o rompimento da estação cinco da Corda, ainda no início da procissão, que fez com que a Berlinda ficasse cerca de 50 minutos parada próximo ao CAN. A estação foi desativada e a romaria continuou com apenas as outras quatro estações. Apesar do atraso, a Berlinda – que saiu rumo à procissão por volta das 17h – conseguiu chegar por volta das 23h30 na Catedral de Belém. A chegada foi anunciada por uma chuva de fogos no tradicional mercado Ver-o-Peso, um dos momentos mais bonitos da noite. A previsão da diretoria da festa era de que a imagem de Nossa Senhora chegasse à Sé às 23h -ou seja, houve aproximadamente meia hora de atraso.

PROMESSAS

Os promesseiros já estavam posicionados para a corda desde as 15h. Foi possível ver logo depois do início da procissão o trabalho árduo da Cruz Vermelha, que já recolhia pessoas desmaiadas. O mecânico Wilson Gomes chamou a atenção de curiosos. Ele acompanhava a romaria e carregava uma réplica de Nossa Senhora de cerca de meio metro na cabeça. “Estou agradecendo porque consegui um emprego. É pesado, mas por ela dá pra aguentar”. Próximo de Wilson, também acompanhava outro promesseiro, Cleibson de Oliveira, que carregava uma cruz de cerca de 2 metros, que pesava 15 quilos. “Estou muito feliz porque ela me ajudou a sair da prisão. Agradeço a ela por ter tido a oportunidade de encontrar Jesus na minha vida”.

Fogos disparados antes da Berlinda, apesar de proibidos

A Berlinda ainda estava na Avenida Nazaré, mas, por volta das 20h30, quem descia a Avenida Presidente Vargas rumo à Boulevard Castilhos França teve uma grande surpresa com a queima dos fogos organizados pelo Sindicato dos Arrumadores, que tradicionalmente se posicionam nos galpões da CDP, em frente à Estação das Docas, atrás da Praça Pedro Teixeira. Quem passava, estranhou. Afinal, como explicar o céu iluminado por fogos multicoloridos em homenagem à Santa, que ainda estava tão longe?

O Corpo de Bombeiros, momentos antes da queima, realizou a apreensão de todos os fogos comprados pelos arrumadores, alegando irregularidades, sobretudo por falta da apresentação prévia de um projeto que diria como seria a homenagem, o que poderia resultar em graves acidentes envolvendo a população e as próprias construções ao redor.

Não se sabe ao certo como o foguetório começou, já que estava proibido. Seja por protesto, ou por revolta, alguém acendeu os fogos já posicionados, antecipando a “homenagem” à Virgem.

Segundo o Sindicato dos Arrumadores, uma reunião com os bombeiros havia sido marcada na última quarta-feira, mas acabou não ocorrendo. Além disso, uma queima de fogos aconteceu pela manhã, durante a Romaria Fluvial, o que tornou a ação dos bombeiros mais incompreensível, alegaram os arrumadores.

O porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Geraldo Menezes, em entrevista à TV RBA, alegou que a ação de fiscalização é praxe e que todas as demais homenagens haviam sido vistoriadas. Quando perguntado sobre a queima de fogos dos arrumadores, negou a procura prévia, afirmando que os bombeiros sempre estiveram à disposição para auxiliar no que fosse preciso para garantir a Festa.

Decepcionados, os arrumadores afirmavam que a homenagem já é notória, acontecendo há décadas, o que não justifica a ação tão tardia dos bombeiros. Segundo uma das sindicalistas, cada arrumador trabalha um dia por mês para garantir a homenagem à Nossa Senhora de Nazaré. Por isso, a enorme decepção. (Diário do Pará)


Fonte: Diário do Pará 


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